Showing posts with label Alexandre O´Neill. Show all posts
Showing posts with label Alexandre O´Neill. Show all posts
Saturday, September 08, 2012
Saturday, June 30, 2012
Alfazema
Dai - nos , meu Deus ,
um pequeno absurdo quotidiano que seja ,
que o absurdo , mesmo em curtas doses ,
defende da melancolia ,
e
nós somos tão propensos a ela !
Alexandre O´Neill
Friday, May 04, 2012
Alfazema
Quem? O infinito ?
Diz-lhe que entre .
Faz bem ao infinito
estar entre gente .
Uma esmola?
Coxeia?
Ao que ele chegou !
Podes dar-lhe a bengala
que era do avô.
Dinheiro?
Isso não!
Já sei , pobrezinho ,
que em vez de pão
ia comprar vinho . . .
Teima ?
Que topete !
Quem se julga ele
se um tigre acabou
nesta sala em tapete ?
Para ir ver a mãe ?
Essa é muito forte !
Ele não tem mãe
e não é do Norte . . .
Vítima de quê ?
O dito está dito.
Se não tinha estofo ,
quem o mandou ser
infinito ?
Alexandre O’Neill
Saturday, January 22, 2011
violetas
*
País
por conhecer, por escrever, por ler ...
País purista a prosear bonito ,
a versejar tão chique e tão pudico ,
enquanto a língua portuguesa se vai rindo ,
galhofeira , comigo.
/
País engravatado todo o ano
e a assoar-se na gravata por engano.
/
Moroso país da surda cólera,
de repente que se quer feliz.
/
A damisela passeia
no país da alcateia,
tão exterior a si mesma
que não é senão a fome
com que este país a come.
/
País do eufemismo, à morte dia a dia
pergunta mesureira . . . _ Como vai a vida ?
País dos gigantones que passeiam
a importância e o papelão ,
inaugurando esguichos no engonço
do gesto e do chavão.
E ainda há quem os ouça , quem os leia ,
lhes agradeça a fontanária ideia !
Alexandre O´Neill
País purista a prosear bonito ,
a versejar tão chique e tão pudico ,
enquanto a língua portuguesa se vai rindo ,
galhofeira , comigo.
/
País engravatado todo o ano
e a assoar-se na gravata por engano.
/
Moroso país da surda cólera,
de repente que se quer feliz.
/
A damisela passeia
no país da alcateia,
tão exterior a si mesma
que não é senão a fome
com que este país a come.
/
País do eufemismo, à morte dia a dia
pergunta mesureira . . . _ Como vai a vida ?
País dos gigantones que passeiam
a importância e o papelão ,
inaugurando esguichos no engonço
do gesto e do chavão.
E ainda há quem os ouça , quem os leia ,
lhes agradeça a fontanária ideia !
Alexandre O´Neill
Saturday, December 05, 2009
Alfazema .
/Nesta curva tão terna e lancinante
que vai ser que já é o teu desaparecimento
digo-te adeus
e como um adolescente
tropeço de ternura
por ti.
Alexandre O´Neill
que vai ser que já é o teu desaparecimento
digo-te adeus
e como um adolescente
tropeço de ternura
por ti.
Alexandre O´Neill
Subscribe to:
Posts (Atom)