Nós nos tratamos com extrema cortesia ,
dizemos . . . quanto tempo , que bom revê-lo .
Nossos tigres bebem leite .
Nossos falcões preferem o chão .
Nossos tubarões se afogam no mar .
Nossos lobos bocejam diante da jaula aberta .
Nossas cobras perderam seu lampejo ,
dizemos . . . quanto tempo , que bom revê-lo .
Nossos tigres bebem leite .
Nossos falcões preferem o chão .
Nossos tubarões se afogam no mar .
Nossos lobos bocejam diante da jaula aberta .
Nossas cobras perderam seu lampejo ,
nossos macacos , sua graça ,
nossos pavões , suas plumas .
Faz tempo que os morcegos deixaram nossos cabelos .
Caímos em silêncio no meio da conversa ,
e não há sorriso que nos salve .
nossos pavões , suas plumas .
Faz tempo que os morcegos deixaram nossos cabelos .
Caímos em silêncio no meio da conversa ,
e não há sorriso que nos salve .
não sabem falar uns com os outros .
Wislawa Szymborska
6 comments:
Desconhecia.
Os tubarões afogam-se no mar , mas os de terra devoram toda a gente.
Bom serão, Maria
Que crise!...
Desconhecia, uma descoberta bem oportuna...
Bjs
Minha querida
Muito verdadeiro este poema, mas infelizmente ainda há muitos tubarões e muitos pavões que não há maneira de perderem as plumas.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
E a falar é que a gente se devia entender...
Uma excelente escolha poética, que não conhecia.
Maria, querida amiga, tem uma boa semana.
Beijo.
Olá minha amiga,
Belo e verdadeiro esse poema.
Desejo que seu final de semana seja de muitas alegrias.
Grande abraço!
Clique-Refletindo com a Smareis
Bem reflexivo teu poema... sábias palavras! Um abraço, prazer!
http://poesiasesonetos.blogspot.com.br
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