Monday, May 28, 2012
Alfazema
Os homens temem as longas viagens ,
/
Por isso os seus passos os levam
de regresso a casa , às veredas da infância ,
ao velho portão em ruína , à poeira
das primeiras , das únicas lágrimas .
Quantas vezes em
desolados quartos de hotel
esperei em vão que me batesses à porta ,
voz da infância , que o teu silêncio me chamasse !
/
Agora só quero dormir um sono sem olhos
/
Só quero um sítio onde pousar a cabeça .
Manuel António Pina
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6 comments:
O poema é magnífico e muito bem escolhido.
A foto, já nem digo nada... és a maior especialista...
Beijo, querida amiga.
Lindo poema...nostálgico!
Tenha uma excelente semana, repleta de luz e paz!!
Beijos!♥
Minha querida
Que a criança que vive em cada um de nós nunca se apague da nossa alma, só assim os sonhos continuam vivos.
Maravilhoso este poema...muito bem escolhido.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
*
é, amiga,
no cheiro das violetas,
os homens,
"casulam-se",
nas suas origens,
“alfazemando” as insuficiências . . .
,
odoradas conchinhas,
ficam,
*
Hum que bom, conta aí como consegues tanta imagem de pasmar...
Bjs
Um sótão cheio de lembranças
Escrevi no pó palavras sem nexo
Retirei uma cartola de uma caixa de cartão
E senti ao toque o poder da ilusão
Ilusões…
Um cavalo de pau perdido ao carrocel
Uma estola de um bicho qualquer
Uma escultura talhada a cisel
Uma foto a preto e branco
De uma mulher sem rosto
Uma janela virada para nenhum lado
Uma traquitana a imitar o sol-posto
Bom fim de semana
Mágico beijo
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