Pressa de quê ?
Não têm pressa o sol e a lua ... estão certos .
Ter pressa é crer que a gente passa adiante das pernas ,
Ou que , dando um pulo , salta por cima da sombra.
Não ... não sei ter pressa .
Se estendo o braço , chego exactamente aonde o meu braço chega .
Nem um centímetro mais longe .
Toco só onde toco , não aonde penso .
Só me posso sentar aonde estou .
E isto faz rir como todas as verdades absolutamente verdadeiras ,
Mas o que faz rir a valer é que nós pensamos sempre noutra coisa ,
E vivemos vadios da nossa realidade .
E estamos sempre fora dela porque estamos aqui .
Alberto Caeiro _ Poemas Inconjuntos _
15 comments:
Parabéns pela música, poema e citação de abertura.
Que seja em paz o seu fim de semana.
Olá que lindo blog Srta, amo a cor violeta, abraços
Gostava de chegar dentro da cabeça de Alberto Caeiro....
Beijo
Cor da Flor!
Vivo sempre a me esperar e que dolorido quando chego, pois nunca estou... já fui embora.
Que lindo texto!
Beijos
Que lindo, que vida intensa a ser descoberta em nós!!
Beijo carinhoso querida
Bea
Excelentes pensamentos que nos ofertam um belo poema, que nos invade de paz. Pudéssemos nós racionalizar sempre assim e seríamos bem felizes. O dramático mesmo é que passamos a vida a correr atrás de coisa nenhuma para alcançarmos sabe-se lá que meta.
Um abraço e obrigada por esta onda de paz terna.
É com “Palavras” que pintarei sonhos
Navegarei mares, voarei sobre o azul do Mar
Aqui virei com elas pintadas de ternura
Aqui dexei um pouco do meu sonhar
Foi um gosto aqui passar
Terno beijo
Blog inspirador, tanto na cor
quanto no conteúdo. Parabéns!
Abraço
Fernando Pessoa é único e, muitas vezes, os seus poemas são surpreendentes.
Beijos, querida amiga.
Um bom feriado com muita luz e o meu abraço.
Alberto Caeiro ainda me consegue surpreender, assim como tu nas descobertas e bom gosto!
Bjs
Passei e gostei!
O Poema é mais do que elucidativo ,corremos tanto, mas tanto, que nem temos tempo de apreciar o que de tão belo está perto de nós.
Dá-nos um pouco de paz, e por momentos paramos mesmo, deveria ser sempre assim!
Até breve
Herminia
Olá, Maria
Fernando Pessoa (ou qualquer de seus heterónimos) diz-nos sempre mais nos seus versos do que pode parecer; têm uma profundidade que pode escapar ao primeiro olhar...
Há uma frase, não de sua autoria... :), mas que acho muito sábia :
"Não podemos agarrar o céu com as mãos".
Uma semana feliz, sem pressas...
Beijinhos
O poema fez-me lembrar o Eckhart Tolle e o seu livro, "O Poder do Agora". Viajas muito bem.... e chegas melhor ainda.
Maria, venho convidá-la para passar amanhã pelo "são".
Serena noite para si e para os seus.
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