Tuesday, May 31, 2011
Alfazema
Deito - me tarde
Espero por uma especie de silêncio
que nunca chega cedo
Espero a atenção a concentração da hora tardia
Ardente e nua .
É então que os espelhos acendem o seu segundo brilho
é então que se vê o desenho do vazio
É então que se vê subitamente
a nossa mão poisada sobre a mesa .
É então que se vê passar o silêncio
Navegação antiquíssima e solene .
Sofia de Mello Breyner
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11 comments:
Continuo incapaz de comentar em alguns blogs , pelo que peço desculpa
Querida amiga, belíssimo texto. Beijocas
Mais uma preciosidade da minha adorada Sofia, este vou levar para a minha pasta de poesias preferidas não te importas?
Maria instala o Google Chrome, é fácil e ocupa pouco espaço, ficas com o problema resolvido, se tiveres duvidas pergunta cá em casa tenho um perito...
Bjs
Não é nada fácil ver passar o silêncio...
Bela escolha, os poemas da Sofia lêem-se sempre com agrado.
Querida amiga Maria, bom fim de semana.
Beijos.
Sempre um privilégio te ler minha amiga!!
Obrigada pelo texto!!
Beijo carinhoso
Bea
Boa tarde, Maria
A beleza da poesia de Sophia está bem patente neste poema (como em todos, afinal...)
Obrigada pela partilha.
O meu olhito vai indo. Obrigada pelo teu cuidado. Ainda faltam 2 meses e tal para se ver o verdadeiro efeito... Aguardemos.
Boa semana. Beijinhos
Nada consegue consumir o silêncio da madrugada.
Belo poema minha cara, até outras.
Cor da Flor!
Que doce e quente seja essa espera em que só a pele nos possa trazer essa densa quietude, sensação única dos mais ternos e confusos amores, e que sempre povoe os corações, mas só os dos mais frágeis e ridículos amantes.
Beijos
Querida amiga
O silêncio
não é vazio de
palavras
e tão pouco de sentimentos.
O silêncio
é o profundo
do olhar
sobre nós mesmos.
Que sempre
existam
sonhos em ti...
Parabens pela escolha de Sophia, que grande poetisa. Nunca é demais, nem tarde...
A Sophia dá-me tanta paz! Assim como a cor lilaz.
Beijo.
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