Olho por olho , e o mundo ficará cego .











Mahatma Gandhi









Saber


Vi _Ver .



Saturday, March 06, 2010

Alfazema .



Uma casa que fosse um areal deserto ,
que nem casa fosse.
Só um lugar
onde o lume foi aceso, e à sua roda
se sentou a alegria , e aqueceu
as mãos.
E partiu porque tinha
um destino, coisa simples
e pouca, mas destino.
Crescer como árvore, resistir
ao vento, ao rigor da invernia,
e certa manhã sentir os passos
de abrilou , quem sabe
?

a floração dos ramos, que pareciam
secos, e de novo estremecem
com o repentino canto da cotovia.
Eugénio de Andrade .

6 comments:

Elaine Barnes said...

Nossa, que beleza! A minha poesia foi pra se comer e a tua pra vê-la brotar e renascer com ela. Maravilhosa amiga! Montão de bjs e abraços "brotados" em seu coração

BlueShell said...

Da primeira vez que vim aqui esqueci de dizer que as minhas cores preferidas são o violeta...e o azul.

Excelente essa escolha. E a foto...parece uma paisagem aqui da beira alta. Nas pradarias onde creci e me fiz mulher havia assim um casebre. Também aí, mesmo sem "lume aceso"...." se sentou a alegria".

Bom vir aqui.
Bjs
de Bshell

Lilá(s) said...

Quero uma casinha como essa e já agora com esse campo de alfazema...estarei a pedir demias? está linda a imagem! e boa a escolha da poesia.
Bjs

a magia da noite said...

renascer no meio do nada, como casa que não tem paredes.

Fragmentos Betty Martins said...

.________querida Lilaz





fico sempre encantada
com estas cores____...



///


Eugénio de Andrade______nada para dizer. pois é desnecessário.

.
amo profundamente cada palavra deste "mestre imortal"





______________///







beijO______ternO
bSemana

Luis Filipe Gomes said...

Este é dos poemas que lembro dito por ele, sempre que o leio ouço a voz do Eugénio.
Devo-te a minha reconciliação com ele.
Luís