Saturday, February 13, 2010
Violetas .
Quando fui ferida,
por Deus, pelo Diabo, ou por mim mesma ,
_ ainda não sei _
percebi que não morrera , após três dias ,
ao rever pardais e moitinhas de trevo .
Quando era jovem,
só estes passarinhos,
estas folhinhas bastavam
para eu cantar louvores ,
dedicar óperas ao Rei.
Mas um cachorro batido
demora um pouco a latir ,
a festejar seu dono
_ ele , um bicho que não é gente -
tanto mais eu que posso perguntar _
Por que razão me bates?
Por isso , apesar dos pardais e das reviçosas folhinhas
uma tênue sombra ainda cobre meu espírito.
Quem me feriu perdoe-me.
Adélia Prado .
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8 comments:
Que maravilha de imagem e poesia! saio encantada!
Bjs
A Adélia Prado é uma descoberta recente para mim. Acho que já comentei isso contigo. A razão porque fiquei cativo está aqui nesta poesia que tu escolheste.
Alegria e saúde e tudo.
Luís
Olá.
Vim conhecer o seu espaço de sonhos e sentimentos e já encontro Adélia Prado brotando entre alfazemas e violetas.
Encontrei aqui muita ternura.
Ternura justifica palavras e poemas.
Que os sonhos te acompanhem sempre.
Luis ,
obrigada pela visita .
Ando um pouco desfalcada de alegria e ainda mais de saúde .
Quanto ao tudo , prefiro não .
Já viste o que era ter tudo ?
Era terrivel .
Fica bem .
Maria
A cor do poema, entre cheiros e sentires... Consegues sempre harmonias novas nas tuas postagens.
Um beijo
Chris
A alegria habita teu espaço....é luz estar aqui!
Adorei ler mais do que fez ferver o coração desta maravilhosa poeta!
Beijo com carinho minha amiga querida!
Deixa eu te fazer um convite.
Quer participar de um site muito gostoso? As pessoas escrevem interagem.....vá conhecer! Acredito que vc vá gostar muito!
Estou lá te esperando!
Beijo com carinho minha amiga
Bea
http://casadapoesia.ning.com/
há que quebrar a corrente que aprisiona a alma e sufoca o corpo, cortar com o destino já traçado e reescrever tudo de novo.
Quando se é jovem, e não só, muitas vezes, basta o sopro de um beijo. Tudo de bom.
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